Sonone Luiz Vilela C. Junqueira
O
que é inovar? Mudar conceitos, agregar valores, descartar obsolescências e, por
aí afora. Nós, seres humanos, precisamos da inovação, assim como as empresas e
os negócios. Inovar não é somente atualizar. Tem um significado de
sobrevivência que está associado à competitividade.
O
atual cenário planetário, resultado de uma competitividade predadora, precisa
da inovação saneadora para sua sobrevivência. Mudar focos. Mudar estratégias.
Mudar a própria visão da sobrevivência que deixa de ser imediata, para voltar a
ser de longo prazo.
Inovar
é algo fenomenal porque requer sair do lugar comum. Do comodismo. Sair da “zona
de conforto” requer uma disciplina e uma forte coragem. Nem sempre é fácil, mas
quando “posto em cheque”- desafio, a situação, por obrigação, tem que mudar. É
um paradigma da sobrevivência: ou muda ou morre.
Dentro
desse raciocínio, na maioria das vezes, a liberdade natural não é compreendida,
pois enquanto não há uma restrição dessa liberdade, a coisa continua com sua
rotina.
Há
uma acirrada luta entre o que eu quero (necessidade) e “o que os outros querem
para mim” (forçar o consumismo). Isso é um cerceamento de liberdade? Acredito
que sim, pois pode estar inibindo a minha oportunidade de escolha daquilo que
preciso realmente. Um cerceamento prévio da liberdade.
Daí, outra coisa: a sociedade quer liberdade, mas não quer
compromisso. O compromisso tem que vir primeiro para que, depois, se possa
usufruir da liberdade.
A
inovação tem muito a ver com essa liberdade. Por exemplo: nas escolas, os
alunos querem nota, não querem aprender. O aprender, que deveria ser o compromisso
do estudante. Não é. Ele, o estudante, em tese e na prática, quer nota e não
quer estudar para aprender.
Isso é sério. Não há compromisso e
nos induz a ver velhas repetições, sem nenhuma inovação, numa escola morta e
inútil, na sua missão de ensinar e promover um desenvolvimento sadio e do bem.
Não
se pode aceitar isso como algo natural. Os compromissos, sendo afetados, afetam
as nossas liberdades e todas as propostas de progresso vão ser afetadas, assim
como serão afetadas, as competências.
Nós,
cidadãos que nos consideramos do bem, estamos acuados em nossos lares e
moradias, nas nossas liberdades. Precisamos inovar para sobreviver aos
desencantos da política corrupta, das violências pernósticas e abusivas, e, da
falta de compromisso que começa na educação. Desde a educação do berço, do
trânsito, até à educação ambiental doméstica, que no seu bojo, carrega a contaminação
total do ambiente do planeta.
Se
não inovarmos a nossa consciência do fazer e não sairmos do comodismo doentio,
estaremos marchando para um genocídio geral, levando junto todas as espécies
que não humanas.
Muito forte? Não sei! Precisamos
acordar e fazer alguma coisa que tenha um significado maior. Vamos pensar nisso
e trabalhar para isso!
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