segunda-feira, 12 de outubro de 2020

 





É PRECISO IRA, IRA SANTA

  Veio-me à lembrança, talvez em função do que vivemos atualmente, a figura impávida do saudoso senador TEOTÔNIO VILELA. Lembrando ainda da homenagem a ele prestada por Milton Nascimento e Fernando Brant com a música Menestrel das Alagoas, fiquei imaginando se já não estava na hora de aparecer outro menestrel, que como Teotônio caminhasse por esse pais, aclarando tantas dúvidas e mostrando as verdades nuas e cruas que os ignóbeis tanto escondem ou mascaram, travestindo-as de verdades falsas. Será preciso mesmo uma ira santa, como diz a canção, para enfrentar tanta covardia, traição, irresponsabilidade e ganância de poder que assistimos inertes, nos três “poderes” da nação.

  Os hipócritas escudam-se na Carta Magna, para, com a esperteza dos colarinhos brancos, iludir os menos avisados e fazer-nos engolir compulsoriamente, leis que atendem tão somente seus escusos interesses, em detrimento do desejo e necessidade de todos. Hoje, talvez com a ajuda das redes sociais, a população tem se alertado e embora fazendo jus, ao que nos identifica, um povo pacato; não suporta mais a superposição de crises. Crise de saúde, sobre crise econômica, sobre crise política. É demais, mesmo para um país, como o nosso, que estamos cansados de ouvir que tem tudo para dar certo.

  De onde vamos esperar sair um novo Teotônio? Não tem que ser necessariamente de Alagoas. O importante é que se junte aos que ainda tem a honra e a verdade como estandartes, e aglutine cada vez mais seguidores em torno da ideia de assepsia moral e ideológica, clamando por forças quaisquer, mesmo que sejam do além, para trazer alento a tantos humildes e indefesos que não tem como se defender.

  Brasileiros, avante! Já ficamos séculos deitados em berço esplêndido, é hora de acordarmos, nos unirmos e identificarmos claramente quem é do bem, quem comunga a ideia da sensatez, e com nossa ira santa espalhar esperança, transformando o sal em mel. Ir ao lodo, ao pantanal, mas “como quem vai manhazinha buscar fruta no quintal”. Falar de rebelião, porém “como quem fala de amores para a moça no portão”.

  O trem da vitória está partindo, se não embarcarmos agora, ficaremos na saudade, cabisbaixos na estação do medo, vendo nossos sonhos engolidos pela fumaça do adeus.

  Ressuscitemos em nossos corações a vontade de vencer, acreditando na alegria de viver. Façamos do progresso o nosso foco, a nossa meta, pois o pensamento é energia e a energia é ação.

  BUSQUEMOS COM TODAS NOSSAS FORÇAS “ESSA SAÚDE CIVIL QUE TOCANDO A FERIDA REDESCOBRE O BRASIL”

José osé Moreira Filho

Acadêmico da ALAMI

moreira@baciotti.com

 
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