terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Crônicas de Dr. Jarbas W. Avelar

   







NATAL 

O costume de se reunir em família e com amigos para troca de presentes e de saborear farta ceia na noite do Natal são formas de comemorar, em clima festivo, o nascimento de Jesus.

O presépio de palha, com as imagens do Menino Jesus, da Virgem Maria e de José rodeados pelos reis Magos e animais, esculpidos em madeira e barro, foi criado no século XIII por São Francisco de Assis, então, Francisco de Assis, com a intenção de reproduzir, tornando visível o ambiente onde nasceu Jesus, em uma manjedoura. Com a permissão da Igreja, ele o instalou na igreja onde foi celebrada a Missa de Natal. A iniciativa foi coroada de pleno sucesso e se espalhou pela Itália e pelo mundo.

Associada às comemorações natalinas o arcebispo de nome Nicolau foi fonte inspiradora para a criação do mito Papai Noel, o bom velhinho obeso e generoso, de barbas longas e brancas, que persiste até hoje. Ele tinha por hábito deixar moedas na porta das casas de pessoas mais humildes e dedicava especial atenção às crianças carentes. O arcebispo foi sagrado santo, posteriormente, com o título São Nicolau. Com o passar do tempo ele ganhou um dia em sua homenagem, o dia 6 de dezembro; Dia de São Nicolau.

Por ser a Liturgia Cristã produto de muita dedicação, redobrados cuidados e reflexões sob a orientação das Escrituras e da história da Igreja de Jesus Cristo, no século IV, cautelosa, a Igreja delegou aos estudiosos da Doutrina a incumbência de designar uma data para a celebração do natalício de Jesus, tendo em vista a inexistência de registros precisos do dia do Seu nascimento. 

Na época, as relações entre o Império Romano e a Igreja estavam estremecidas porque o Imperador sentia ameaçada sua autoridade junto ao povo, em virtude da sua sistemática evangelização, pela Igreja. Em represália, ele se valia de todo tipo de ardil e chantagem, como a realização de festividades populares promíscuas para manter o povo pagão e cativo a ele. Nesse clima de surda competição, os estudiosos da Doutrina Cristã concluíram que o dia 25 de dezembro seria oportuno para nele ser comemorado o nascimento de Jesus, data da realização daquelas festividades pagãs.

Segundo o Departamento de Teologia da PUCSP-Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, dentre as teorias a respeito do dia do nascimento de Jesus, a mais aceita foi a escolhida pela Igreja, por sugestão dos estudiosos da Doutrina, dia 25 de dezembro, para se contrapor a pervertido evento pagão, de então, visto que a comemoração do dia do nascimento do Menino-Deus, além de ser um fato impactante, despertou a sensibilidade das pessoas com a oferta de um novo alento em suas vidas e a Igreja não ficou restrita à condenação das festas pagãs e à proibição às pessoas de participarem delas.

Como é do conhecimento de todo cristão, indiferentemente quanto à data designada para sua comemoração com o glamour que lhe é devido, o real significado do Natal é a celebração do nascimento do Salvador, que veio à Terra, na forma de homem, para redimir todas as pessoas do pecado por desobediência de Adão e Eva, quando perderam sua pureza e quebraram o elo que os ligava a Deus. Para recuperar Sua relação íntima com seus filhos, Ele mandou Jesus para pagar com Seu sangue todos os nossos pecados.

Jarbas W. Avelar 
Advogado e Escritor 

domingo, 9 de dezembro de 2018

Crônicas de Dr. Jarbas Avelar









18 de OUTUBRO - DIA do MÉDICO    

Ao fixar o dia 18 de outubro para a comemoração do Dia do Médico, o propósito foi  homenagear São Lucas, um dos quatro evangelistas do Novo Testamento da Bíblia e um dos discípulo do apóstolo Paulo. Ele foi nomeado padroeiro dos médicos, dos cirurgiões e dos artistas, por ter sido médico, escritor e talentoso pintor. Era chamado pelos cristãos orientais de “médico pintor” e é uma das figuras santas mais veneradas pelo cristianismo, nas doutrinas católica, anglicana, ortodoxa, luterana e protestante. 

Oração a São Lucas: “Glorioso São Lucas, que tivestes a graça de ser inspirado por Deus Altíssimo para escrever seu santo Evangelho, rogai por todos nós, para que sejamos sempre fiéis estudiosos das sagradas escrituras e confiantes seguidores de Cristo. Santo evangelista, intercedei por nós”.

Quinhentos anos antes do evangelista Lucas, a Medicina foi beneficiada pelo seu expoente maior, Hipócrates, no Século V a.C., há 2.500 anos, portanto. Filho de Médico, de quem recebeu os primeiros ensinamentos sobre a nobre profissão, até então tida como arte. Sua formação foi complementada com estudos de Retórica e Filosofia. Hipócrates deu impulso significativo para a mudança da concepção da Medicina, transformando-a em Ciência. Em virtude da sua brilhante atuação, por justiça e merecimento, foi contemplado com o título de “Pai da Medicina”.

Dotado de predicados excepcionais, além do seu extraordinário espírito de observação e profunda dedicação ao trabalho, Hipócrates reuniu qualidades para, até hoje, ser  reverenciado pelos profissionais das Ciências Médicas, como Médico de grande expressão que foi. 

Com refinada perspicácia, ele estabeleceu a distinção entre sintomas, manifestações exteriores que denunciam a ocorrência de anomalias no organismo, e doenças, enfermidades. Sua ânsia era descobrir como se dava o funcionamento do corpo humano, levando em conta a influência do meio ambiente e da alimentação. É da sua lavra o preceito "Que seu remédio seja seu alimento e que seu alimento seja seu remédio", síntese do seu sublime e elevado grau de altruísmo.  

Hipócrates elaborou e cumpriu rigoroso Código de Ética, cujos princípios estão contidos no juramento que todo médico faz, ao se formar: 

"Prometo que, ao exercer a arte de curar, me mostrarei sempre fiel aos preceitos da honestidade, da caridade e da ciência. Penetrando no interior dos lares, meus olhos serão cegos, minha língua calará os segredos que me forem revelados, o que terei como preceito de honra. Nunca me servirei da profissão para corromper os costumes ou favorecer o crime. Se eu cumprir esse juramento com fidelidade, goze eu a minha vida e minha arte boa reputação entre os homens e para sempre. Se dele me afastar ou infringi-lo, suceda-me o contrário.”
Jarbas W. Avelar
Advogado e Escritor
 
;