sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Crônica de Dr. Rerivaldo Souza Marques

                         












          Palavras: pê por pê



                          (ATENÇÃO: Texto produzido com 750 palavras iniciadas com a letra “P”).
                                
Preliminarmente: peço permissão para palavrear.

Processo Penal. Partes pólo passivo. Protagonistas: Paulo Peralta Pontes Prado, por procuração: Procurador: Plínio Paranhos. Protásio Pacífico Pestana Pafúncio, por procuração: Procurador: Peterson Petrônio. Promotor Público: Pitágoras Prudente Perfeito.
Presidente processual: Pilatos Poderoso Paes Pereira Portela.
Pedrinho: Prova presencial, pedinte praça próxima Poder Público / Palácio.

Posterior preâmbulo, prefácio:
Peterson perguntou: Pedrinho, pedistes para participar? Pelo propósito prestar pronunciamentos pró-processo penal? Pois perquirir, perguntar: Prática para promotores, preclaros procuradores.
Porquanto, precisas participar?
Pedrinho prestativo ponderou: paciência parceiro, pois possuo projeto. Prosseguiu: pretendo presenciar, pois participando posso perfeitamente provocar pedido procedente para Protásio – pessoa pacata. Provavelmente, parar-lhe perseguição.
Portanto, pertinente projetar-me pelo plenário. Pretensão: permanecendo próximo púlpito, prova presente poderei persuadir Paulo para precipitar-se, perder pose, perder processo. Perspectiva plausível. Previu, profetizou, prometeu Pedrinho.

Peterson Petrônio perplexo, pensou, piscou, precavido perguntou: Podes, possivelmente pela palavra, presença, produzir provas produtivas, profícuas, para poupar Protásio Pacífico, portanto, punir Paulo Peralta?
___ Pasme Peterson! Pois posso. Presenciei. Possuo provas.
___ Peterson: puxa! Pedi por provas para: políticos, padres, profetas, pastores, professores, prostitutas. Pleiteei, procurei, persisti. Passei por percalços, peripécias; palmilhei passo por passo, percorri pelo planeta procurando provas. Porém, Pedrinho pobrezinho, pedintão, por perto. Prova presencial. Pensem: porventura Pedrinho produzirá provas preciosas para processo penal, poupando Protásio, pessoa pura? Punindo Paulo, pessoa perversa?
Permitido. Pedrinho pode participar processo penal. Puxa, providenciei prova presente, precisa para Protásio. Palavras proferidas por Peterson Petrônio.

Pedrinho penetrou-se permeio plenário, “pari passu”, postura: personalidade persistente, pertinaz, provocativa, polêmica.
Paulo – petulante, perverso, pilantra, perseguidor, paspalho, percebendo Pedrinho: prova presente, pôs-se pálido. Pensou pensamentos péssimos. Periclitante, Paulo precipitou-se pela porta pulando pelas poltronas, pisando papéis, porteiro, pessoas.
Policarpo, policial presenciando, prevendo pelo pior, propalou: Pare! Pare! Pegou Paulo pelo pescoço, passou-lhe pescotapa. Para polícia: pau pau, pedra pedra.
Pois Paulo pretendia partir, pirulitar-se. Porém, partida precipitada, proibida, perigosa, pretensiosa, prematura. Paulo partindo possibilitaria protelar, procrastinar processo. Porém, Paulo parou. Parou porque policiais prenderam-no. Policiamento positivo.
Pararam Paulo.  Policiais pegaram-no pelo ‘papo’. Pedrinho provoca Paulo, pronunciando: pipocou! Pipocou!

Promotoria Pública, pressionou, preconizando: Perdeu Paulo! Pois Pedrinho possui provas. Pedrinho presenciou!
Paulo percebendo-se praticamente perdido, providencialmente pugnou por pacto para Promotor Pitágoras permitir paralisação processo penal – parlamentando, pleiteou por piedade, perdão, paz. Pediu para paralisar processo. Proposta perdida, prejudicada.
 “Parquet” - pela perplexidade, pela prudência, por precaução, pensativo, pediu prazo para preparar parecer posteriormente. Protelada posição.  Prorrogação permitida.

Pilatos Poderoso Paes Pereira Portela presidente processo, permitiu prazo para partes processuais prestarem petitórios pendentes, por procedimento pragmático. Portanto, postergada prolação. Publicações providenciadas.

Passado prazo:
Pitágoras Prudente Perfeito, perspicaz Promotor Público, proferiu posicionamento. Para Paulo, pivô pendência penal, pelas peculiaridades pessoais, picardias, por periculosidade, pague preço pelas perfídias, pelas presepadas praticadas (provérbio português?), postulou penalidade... prisão. Porque perversidade precisa punição, punibilidade.
Porém para Protásio, proclamou: Protásio passou por problemas penais, pronunciado, processado pelas perseguições, petições pífias, prolixas, perversas, preparadas por Paulo. Portanto, Protásio perseverante, probo, pessoa pura, pode partir.

Procuradores prevenidos produziram, portanto, peças processuais:
Peterson Petrônio, procurador - peticionou propugnando pelo provimento para Protásio. Pediu para Protásio partir. Pleiteou prioridade processual possível.
Plínio Paranhos, procurador pela parte: Paulo - persistiu pedindo penhoradamente prescrição, perdão, paralisação processual.
Passado prazo previsto processualmente. Pedidos protocolizados. Processo perfeito, preparado - pronto para pronunciamento presidencial.

Pilatos Poderoso Paes Pereira Portela, presidindo processo penal, pacientemente pegou pente, penteou-se. Portando paletó preto/petróleo, pano passadinho. Pilatos, pontual, posudo, prolixo, perfeccionista, perfumado. Para prolatar posicionamento, procurou pesquisar plenamente pormenores, princípio probatório, portanto, perfez prolação.
Porém, primeiramente, por prece, pediu proteção para protetores, persignou-se pausadamente, prolatou:

“Positis”:
Pelos preceitos penais, pesquisei primórdios processuais, perscrutei provas presentes, portanto, proclamo: para Protásio, pessoa pura, polida, pacífica, posiciono-me: pode partir. Porém, Paulo precisa pagar pelo pretérito podre, promíscuo, pernicioso. Para Paulo, pessoa pérfida, pervertida, perseguidora, paranóica, perfil psicopata: prisão perpétua.
Publique-se!

Procurador Plínio, protestou:
Posicionamento “plus petita”, prejudicial para Paulo. Peço providências pelo Pretório.
Paulo pôs-se perturbado. Por pânico, pavor pipi percorreu pelas pernas, pés. Pediu pinico. Pós-perturbação: pasmo, pessimista, prostrado, parado - parecia petrificado. Pensou profundamente: Poxa! Perdi peleja, pendenga. Paulo partiu para provocação, praguejou: Pedrinho pirralho, peste, praga, parasita, plebeu, palhaço!

Policial plantonista, polivalente, previdente, propagou: Paulo, pro pau! Pra penitenciária! Pro pote! Preso patife!

Pedrinho por perto, produzindo piadas, pulando pronuncia: polícia prestativa, preparada, pronta para prender. Prendeu Paulo. Parabéns pelos préstimos prestados pro país. Pedrinho permaneceu provocando Paulo Peralta: prisioneiro, perrengou? Procure psicólogo, psiquiatra, pajé, papa. Pois, perdeu, perdeu!
Pedrinho prosseguiu: Prêmio! Protásio premiado pode partir para praia, pro piquenique, pro Projac, para Paris! Passaporte providenciado, passagens pagas. Porém Paulo... Parta pro... presídio, ‘pianinho’!
Porquanto, prisão perpétua? Protesto! Puts! Pouco, pouco. Pena pequena.

                                Autor: Rerivaldo de Souza Marques.


                                Advogado. Por três mandatos foi presidente da 44ª Subseção da OAB-MG. Conselheiro Seccional da OAB-MG e Membro do Órgão Especial da OAB-MG – 2007 a 2012. Recebeu do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais Comenda e Medalha “Desembargador Hélio Costa” pela atuação como advogado. Especialista em Direito Processual Contemporâneo pela UNESP – Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”.

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