- Arth Silva -
Certa vez conheci uma guria de olhos de clarão.
Olhos que me acendiam e não se apagavam; que sabiam enxergar toda a quilometragem estampada no velocímetro do meu peito.
Eram olhos que me assaltavam a atenção e não me davam trégua, disparando a melhor parte minha que dei a ela.
Até eu, que na língua do olhar sempre me achei mudo e analfabeto, passei a gostar mais dos meus olhos quando tinham o reflexo dela estampada neles.
Em instantes que ainda estão presos nos holofotes de nossas retinas, essa garota me ensinou que é na língua do olhar onde nascem os melhores beijos. Dessa forma, em debates platônicos que por vezes duravam a eternidade de alguns segundos, nós nos comíamos com os olhos e nos devorávamos em sonhos.
Trocando os pontos finais, por pontos de vista. E fazendo de cada um desses pontos uma trilha de reticências que nunca teve fim... e ainda hoje pode ser visto por trás do horizonte em nosso olhar.
A felicidade é quando sua cor preferida é a cor dos olhos de quem você gosta.
essa página iluminou a nossa fome de literatura.
ResponderExcluirque legal!