Tudo é eterno se continua na lembrança.
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Tudo é eterno se continua na lembrança.
Veio-me à lembrança, talvez em função do que vivemos atualmente, a
figura impávida do saudoso senador TEOTÔNIO VILELA. Lembrando ainda da
homenagem a ele prestada por Milton Nascimento e Fernando Brant com a música
Menestrel das Alagoas, fiquei imaginando se já não estava na hora de aparecer
outro menestrel, que como Teotônio caminhasse por esse pais, aclarando tantas
dúvidas e mostrando as verdades nuas e cruas que os ignóbeis tanto escondem ou
mascaram, travestindo-as de verdades falsas. Será preciso mesmo uma ira santa,
como diz a canção, para enfrentar tanta covardia, traição, irresponsabilidade e
ganância de poder que assistimos inertes, nos três “poderes” da nação.
Os hipócritas escudam-se na Carta Magna, para, com a esperteza dos
colarinhos brancos, iludir os menos avisados e fazer-nos engolir compulsoriamente, leis que atendem tão somente seus escusos
interesses, em detrimento do desejo e necessidade de todos. Hoje, talvez com a
ajuda das redes sociais, a população tem se alertado e embora fazendo jus, ao
que nos identifica, um povo pacato; não suporta mais a superposição de crises.
Crise de saúde, sobre crise econômica, sobre crise política. É demais, mesmo
para um país, como o nosso, que estamos cansados de ouvir que tem tudo para dar
certo.
De onde vamos esperar sair um novo Teotônio? Não tem que ser
necessariamente de Alagoas. O importante é que se junte aos que ainda tem a
honra e a verdade como estandartes, e aglutine cada vez mais seguidores em
torno da ideia de assepsia moral e ideológica, clamando por forças quaisquer,
mesmo que sejam do além, para trazer alento a tantos humildes e indefesos que
não tem como se defender.
Brasileiros, avante! Já ficamos séculos deitados em berço
esplêndido, é hora de acordarmos, nos unirmos e identificarmos claramente quem
é do bem, quem comunga a ideia da sensatez, e com nossa ira santa espalhar
esperança, transformando o sal em mel. Ir ao lodo, ao pantanal, mas “como quem
vai manhazinha buscar fruta no quintal”. Falar de rebelião, porém “como quem
fala de amores para a moça no portão”.
O trem da vitória está partindo, se não embarcarmos agora,
ficaremos na saudade, cabisbaixos na estação do medo, vendo nossos sonhos
engolidos pela fumaça do adeus.
Ressuscitemos em nossos corações a vontade de vencer, acreditando
na alegria de viver. Façamos do progresso o nosso foco, a nossa meta, pois o
pensamento é energia e a energia é ação.
BUSQUEMOS COM TODAS NOSSAS FORÇAS “ESSA SAÚDE CIVIL QUE TOCANDO A
FERIDA REDESCOBRE O BRASIL”
José osé Moreira Filho
Acadêmico da ALAMI
moreira@baciotti.com