quarta-feira, 12 de março de 2014

Crônicas do Saavedra


 










A HORA É DE MUDANÇAS
Saavedra Fontes                                                                                                     

Chegamos a mais um milênio com a mesma curiosidade e impotência de dois mil anos atrás. Percorremos o tempo com muitos avanços técnicos e quase nenhum progresso espiritual. Somos totalmente omissos às Divinas e reveladoras palavras do Cristo e dos grandes profetas da cristandade. A genialidade de Milton e Descartes legou-nos a herança do racionalismo como fonte da única verdade. A cada efeito físico, a cada reação da matéria triplicam-se os gastos das grandes potências com as pesquisas científicas e seus delírios bélicos, fontes de interesse comercial e de poder.
As velhas indagações continuam sendo vãs curiosidades dos pobres e humildes adeptos da espiritualidade: “de onde viemos? Para que viemos? Para onde vamos? São perguntas eternamente sem respostas, porque não há pesquisas sérias a respeito e ficam confinadas aos chamados mistérios indecifráveis. Enquanto a vaidade humana sugere que a sede de nossos sentimentos é o cérebro, a ingenuidade poética a tem como endereço o coração, e o Homem viaja num mundo de fantasias e superstições sem chegar a lugar algum.
Aplaudimos a possibilidade das viagens interplanetárias e esquecemos deliberadamente o nosso universo interior, rico de respostas para a nossa origem Divina. Chegaremos um dia a fabricar chips que permitirão a fabricação de robôs para fins pacíficos e guerreiros, mas nunca fomos suficientemente hábeis e inteligentes para dissecar nosso íntimo, extraindo das profundezas de nosso espírito as deficiências do pensamento que bloqueiam nossas intuições Divinas e deduções lógicas. A natureza do Ser Humano é acomodada, contraditória, imperfeita. Tenta minimizar suas agressões ao meio ambiente  promovendo o reflorestamento inadequado e segue construindo represas, permitindo a invasão e a descaracterização de sítios ecológicos de notável importância para a fauna e para a flora, para servir ao turismo comercializado. Como todo aporismo, sem solução, por que só o dinheiro interessa. O vírus do HIV, o flagelo do século, revelou o despreparo moral de educadores e cientistas, que ao tratarem da conscientização da juventude usou de contemporização, vulgarizando o sexo e incentivando a promiscuidade com o aval da irresponsabilidade.
À medida que os anos passam novos tempos vão surgindo com novas formas de medir a capacidade de mudanças no Homem, fazendo-o refletir sobre a necessidade da evolução moral. Convocar aqueles de boa vontade, envolver o seu espírito de idéias novas e sentimentos restaurados que falem de paz, amor, solidariedade e compreensão para a construção de um novo Homem, deveria ser a meta principal de toda educação. Para isto é necessário ensinar através do exemplo, convencendo-nos e ao nosso próximo de que a luta não pode ser maniqueísta, pois não é um duelo entre o bem e o mau, mas é o bastante para a preservação da espécie humana e da herança Divina de nosso espírito.  Ver o Homem como viajante no Cosmos e conquistador do Universo é uma visão tola e sem propósito, pois este é infinito para as nossas possibilidades e jamais será totalmente conquistado. Quem o tentar não deverá ultrapassar os limites de nossa galáxia. Devemos lutar sim para o nosso reencontro com Deus, nosso Criador, procurando respostas para: de onde viemos, para que viemos e para onde vamos. Este é o caminho da felicidade. ###

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