segunda-feira, 6 de junho de 2016

Crônica de José Moreira Filho

     
















          Máximo e mínimo

Na vida, muitas vezes, vivemos entre dois extremos: o máximo e o mínimo. A busca pela tal da otimização, em algumas situações, acaba levando o indivíduo à angústia, ao se sentir incapaz de cumprir determinadas metas exigidas pelo trabalho. Mas, na verdade, o dono de seu tempo é você mesmo, portanto só você pode determinar prioridades em sua vida. E essas prioridades dependem de sua valoração. Procure identificar o que é mais importante para você. Por exemplo, talvez levantar-se da cama meia hora mais cedo e fazer de seu simples cafezinho uma refeição, que aliás, segundo especialistas é a mais importante do dia. Dizematé que se deve tomar o café da manhã como um rei, almoçar como um príncipe e jantar como um mendigo. Pedagogia popular, mas que reflete um ensinamento nutricional que nossa saúde agradece.
Na verdade, eu costumo dizer que todo extremo é perigoso. Não se organizar e deixar as obrigações sempre para a última hora, obedecendo a lei do menor esforço, dispensando o mínimo de energia em suas obrigações, também não é nada produtivo e acaba conduzindo-o no final, ao mesmo estresse indesejado e maléfico produzido pela otimização extrema. Assim, o melhor mesmo é procurar selecionar seus compromissos, descartando aqueles que estão em excesso e desnecessários, seguindo a norma latina: In mediovirtus -no meio está a virtude. Pois urgente é tudo aquilo que não foi providenciado no tempo certo.
Nas grandes empresas hoje, o Calcanhar de Aquiles tem sido conseguir equilibrar a otimização do tempo com a qualidade de vida de seus colaboradores. E mesmo na vida pessoal é muito importante que se tenha o chamado foco. Pois aí há concentração de esforços e o resultado é garantido. Isso de se admitir a multifunção, pode levar à fragmentação de energia o que conduzirá fatalmente à perda de qualidade na tarefa.De acordo com Ricardo Barbosa, Project Manager Professional e diretor executivo da Innovia Training &Consulting “O ritmo alucinante das mudanças, a avalanche de dados e informações, a pressão do mercado para se produzir mais, com menor custo e tempo possíveis, reforçam a necessidade de gestão compartilhada e produtiva do tempo para garantir lucratividade, empregos bons e estáveis com qualidade de vida”, explica ele.
Por outro lado, não faz mal lembrar que, esse descontrole entre o máximo e o mínimo de atividades na vida, leva as pessoas a não saberem usar seu tempo livre quando esse lhe é facultado. Quem é exageradamente dedicado ao trabalho, não sabe lidar com o ócio. É comum ouvirmos dizer de tal pessoa que adoeceu após a aposentadoria. Para muitos, feriados ou dias de folga é motivo de pânico.
O conselho que se tem de psicólogos é tentar não se render aos apelos da tecnologia e querer usar todos os aplicativos de seus eletrônicos, que lhe roubariam um precioso tempo, que poderia ser usado para uma meditação, por exemplo, ou para uma sessão de “jogadas de conversa fora”, que com certeza lhe desopilaria o fígado com muito mais sucesso.


José Moreira Filho - ALAMI
moreira@baciotti.com

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