Máximo e mínimo
Na vida, muitas vezes, vivemos entre dois extremos: o máximo
e o mínimo. A busca pela tal da otimização, em algumas situações, acaba levando
o indivíduo à angústia, ao se sentir incapaz de cumprir determinadas metas
exigidas pelo trabalho. Mas, na verdade, o dono de seu tempo é você mesmo,
portanto só você pode determinar prioridades em sua vida. E essas prioridades
dependem de sua valoração. Procure identificar o que é mais importante para
você. Por exemplo, talvez levantar-se da cama meia hora mais cedo e fazer de
seu simples cafezinho uma refeição, que aliás, segundo especialistas é a mais
importante do dia. Dizematé que se deve tomar o café da manhã como um rei,
almoçar como um príncipe e jantar como um mendigo. Pedagogia popular, mas que
reflete um ensinamento nutricional que nossa saúde agradece.
Na verdade, eu costumo dizer que todo extremo é perigoso. Não se organizar e
deixar as obrigações sempre para a última hora, obedecendo a lei do menor
esforço, dispensando o mínimo de energia em suas obrigações, também não é nada
produtivo e acaba conduzindo-o no final, ao mesmo estresse indesejado e
maléfico produzido pela otimização extrema. Assim, o melhor mesmo é procurar
selecionar seus compromissos, descartando aqueles que estão em excesso e
desnecessários, seguindo a norma latina: In mediovirtus -no meio está a
virtude. Pois urgente é tudo aquilo que não foi providenciado no tempo certo.
Nas grandes empresas hoje, o Calcanhar de Aquiles tem sido conseguir equilibrar
a otimização do tempo com a qualidade de vida de seus colaboradores. E mesmo na
vida pessoal é muito importante que se tenha o chamado foco. Pois aí há
concentração de esforços e o resultado é garantido. Isso de se admitir a
multifunção, pode levar à fragmentação de energia o que conduzirá fatalmente à
perda de qualidade na tarefa.De acordo com Ricardo Barbosa, Project Manager
Professional e diretor executivo da Innovia Training &Consulting “O ritmo
alucinante das mudanças, a avalanche de dados e informações, a pressão do
mercado para se produzir mais, com menor custo e tempo possíveis, reforçam a
necessidade de gestão compartilhada e produtiva do tempo para garantir
lucratividade, empregos bons e estáveis com qualidade de vida”, explica ele.
Por outro lado, não faz mal lembrar que, esse descontrole entre o máximo e o
mínimo de atividades na vida, leva as pessoas a não saberem usar seu tempo
livre quando esse lhe é facultado. Quem é exageradamente dedicado ao trabalho,
não sabe lidar com o ócio. É comum ouvirmos dizer de tal pessoa que adoeceu
após a aposentadoria. Para muitos, feriados ou dias de folga é motivo de
pânico.
O conselho que se tem de psicólogos é tentar não se render aos apelos da
tecnologia e querer usar todos os aplicativos de seus eletrônicos, que lhe
roubariam um precioso tempo, que poderia ser usado para uma meditação, por exemplo,
ou para uma sessão de “jogadas de conversa fora”, que com certeza lhe
desopilaria o fígado com muito mais sucesso.
José Moreira Filho - ALAMI
moreira@baciotti.com
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