terça-feira, 9 de abril de 2013

Amados Mestres, obrigado

                                                                 
O mundo moderno é o mundo da informação, mas não é o da educação. Somos bombardeados, diariamente, pelos inúmeros veículos de comunicação de massas com os mais diversos tipos de notícias, boatos e balelas, provocativas e polêmicas, rotuladas de ideias novas. São informações criadas pela irresponsabilidade dos exibicionistas, mercenários, aduladores, deformadores de caracteres, sempre apoiados no direito à liberdade de imprensa ou nas faculdades artísticas. E conseguem adulterar valores de espírito conquistados no lar e nas escolas, iludindo gerações promissoras e jovens desprevenidos, atraídos pelo que julgam ser avanços de uma época.
Despersonalizam-se todos diante de mensagens ricas de conteúdo lúdico, mas que promovem o desvirtuamento da verdadeira educação, invertendo valores necessários ao desenvolvimento intelectual, mental e espiritual da juventude. Histórias mal contadas nos filmes e telenovelas levam adolescentes ingênuos e despreparados a errôneas interpretações e piores imitações. O rádio, indiscutível formador de opinião, felizmente não peca pelos excessos, todavia o cinema e a televisão na busca de sucesso e audiência, utiliza o recurso das imagens para atiçar a libido dos incautos, despertando o animal que mora em nós, banalizando o ato do amor e incentivando a violência. E em sua defesa repetem o mesmo chavão de sempre, acusando seus detratores de falsos moralistas.
A falta de uma educação adequada faz com que o jovem perca o interesse pelo raciocínio lógico, recusando pensar por si próprio, deixando-se seduzir pelos dissimulados profetas da comunicação. É preciso retomarmos a luta pela educação no lar e o seu reforço na escola, para que possamos formar num futuro próximo o homem de bem, aquele que vai cumprir um roteiro de vida e sair vencedor, alcançando a meta final sem medos, sem remorsos, sem arrependimentos. E a vida é tão curta!...
A educação é uma ilha paradisíaca, para onde podem ser conduzidos os privilegiados que souberam optar por ela. A escola é a nau que os conduz. Tripulantes, mestres e contramestres ajudam na missão. O audaz timoneiro que enfrenta a volúpia das ondas para manter a rota traçada é, sem dúvida, o professor - temerário condutor de jovens viajantes à procura do seu destino. Que Deus o torne imune às decepções de uma carreira mal remunerada e cheia de obstáculos.
Amados mestres, obrigado.
Saavedra Fontes
 
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